Como as ondas sonoras têm comprimento
de onda comparável ao da luz visível, surgiu, na década de 1940, a
idéia de empregar som e não luz em microscopia. Os primeiros
microscópios acústicos, porém, foram produzidos somente na década de
1970. Como as ondas sonoras, ao contrário da luz, podem penetrar em
materiais opacos, os microscópios acústicos são capazes de fornecer
imagens das estruturas internas, assim como da superfície, de muitos
objetos que não podem ser vistos ao microscópio óptico.
Microscópio de tunelamento
A invenção, em 1981, do microscópio de
tunelamento (MT) valeu ao alemão Gerd Binnig e ao suíço Heinrich
Rohrer, o Prêmio Nobel de física de 1986. O
MT mede a corrente elétrica criada entre a superfície do objeto
estudado e uma ponteira-sonda de tungstênio. A força da corrente
depende da distância entre a ponteira e a superfície. A partir dessa
informação, é possível produzir uma imagem de alta resolução, em que
são vistos até os átomos. Para isso, a extremidade da ponteira-sonda
deve consistir em um único átomo, e sua elevação sobre a superfície tem
de ser controlada com uma posição de alguns centésimos de angström (o
diâmetro de um átomo é de aproximadamente um angström, ou um décimo
bilionésimo de metro). Durante seus movimentos invisíveis, a ponteira é
guiada por alterações minúsculas no comprimento das pernas de um tripé
de sustentação. Essas pernas são feitas de um material piezelétrico
que muda de dimensões sob a influência de um campo elétrico.
Microscópio de tunelamento do Instituto Van der Waals Zeeman |
Microscópio Acústico |
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